Além de causar doenças metabólicas e psicológicas, a libido, muitas vezes associada apenas ao desejo sexual, vai muito além disso. Seu nível está diretamente ligado à saúde física e emocional, e sua ausência pode indicar problemas sérios no organismo. A falta de libido pode ser um sinal de alerta para doenças hormonais, psicológicas e até metabólicas. Mais do que um problema na vida amorosa, sua ausência pode comprometer o bem-estar geral.*
Desequilíbrio hormonal e estresse
Quando a libido diminui drasticamente, o equilíbrio hormonal fica comprometido. O estresse crônico, por exemplo, aumenta os níveis de cortisol, um hormônio que, em excesso, inibe a produção de testosterona e estrogênio, essenciais para o desejo sexual. Além disso, problemas como a resistência à insulina, causada pelo excesso de açúcar na alimentação, também interferem nos hormônios sexuais, levando à falta de energia e motivação.
Problemas cardiovasculares e circulação sanguínea
Doenças cardiovasculares podem estar diretamente relacionadas à baixa libido. Isso ocorre porque a excitação depende de um fluxo sanguíneo adequado, e quando há problemas na circulação, a resposta do corpo ao estímulo sexual diminui. Pessoas com hipertensão ou colesterol alto podem apresentar dificuldades de ereção ou falta de lubrificação vaginal, impactando negativamente a vida amorosa e a autoestima.
Saúde mental e medicamentos
A depressão e a ansiedade são grandes inimigas da libido. Além de minarem a energia vital, esses transtornos também afetam a produção de dopamina e serotonina, neurotransmissores ligados ao prazer e ao bem-estar. Como se não bastasse, muitos medicamentos antidepressivos têm como efeito colateral a redução do desejo sexual, criando um ciclo difícil de romper. Portanto, ao observar que está perdendo a libido após iniciar o uso de algum medicamento, volte ao seu médico — sempre dá para mudar a fórmula. E atenção: jamais pare a medicação por conta própria, somente o médico poderá orientá-lo(a).
Obesidade e desequilíbrios hormonais
Outro fator preocupante é a obesidade, que não apenas compromete a saúde geral, mas também interfere nos hormônios responsáveis pelo desejo sexual. O excesso de gordura corporal leva a um aumento da conversão de testosterona em estrogênio, reduzindo a libido em homens e provocando desequilíbrios hormonais em mulheres. Além disso, a baixa disposição física decorrente do excesso de peso prejudica a disposição para atividades sexuais.
Deficiências nutricionais
A falta de libido pode indicar deficiência de vitaminas e minerais essenciais, como zinco, magnésio e vitamina D. Esses nutrientes são fundamentais para a produção hormonal e o funcionamento do sistema nervoso. Dietas pobres em alimentos naturais e ricas em ultraprocessados podem levar ao enfraquecimento da resposta sexual e à diminuição da energia vital.
Privação de sono e fadiga
A privação do sono também é um fator crucial. Dormir pouco ou mal altera a produção hormonal, favorece o cansaço extremo e reduz a disposição para qualquer atividade, incluindo a sexual. O hormônio do crescimento, liberado durante o sono profundo, é essencial para a regeneração celular e para o equilíbrio dos hormônios sexuais.
Cuide da sua libido, cuide da sua saúde
Portanto, a falta de libido não é apenas uma questão de desejo, mas um reflexo da saúde como um todo. Ignorá-la pode significar deixar de perceber sinais importantes do organismo. A boa notícia é que mudanças no estilo de vida podem reverter esse quadro. Alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos, gerenciamento do estresse e sono de qualidade são fundamentais para restaurar o desejo sexual e a vitalidade geral. Se a libido está baixa há muito tempo, é fundamental buscar ajuda médica para investigar a causa e tratar possíveis desequilíbrios. Afinal, saúde e desejo caminham juntos, e cuidar da libido é também cuidar da vida.
(*)com informação do Jornal Extra Sexo e afins