O deputado federal Eunício Oliveira (MDB-CE), presidente regional do MDB no Ceará, declarou nesta terça-feira (10) que o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), é o nome mais forte dentro do Partido dos Trabalhadores para disputar a Presidência da República, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva opte por não concorrer à reeleição em 2026.

A declaração foi dada em entrevista ao programa Jornal Alerta Geral, transmitido por emissoras de rádio no estado. Eunício destacou o trabalho de Camilo à frente do Ministério da Educação, com foco em projetos que, segundo ele, têm impacto direto na vida da população e na melhoria dos índices de ensino no país.

“O Camilo tem sensibilidade política, capacidade de gestão e um trabalho reconhecido nacionalmente, principalmente com programas como o Pé-de-Meia, que ajuda a manter os jovens na escola”, afirmou. O programa citado pelo parlamentar atualmente atende mais de 4 milhões de estudantes do ensino médio, com um auxílio mensal de R$ 200.

Crítica a Haddad e sinalização eleitoral

Durante a entrevista, Eunício também comentou sobre o nome do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, frequentemente mencionado como possível presidenciável dentro do PT. No entanto, o deputado foi direto ao afirmar que o titular da Fazenda não teria apelo popular em uma eleição.

“Ninguém vota em cobrador de imposto”, disse, em referência às medidas recentes de Haddad voltadas para o aumento da arrecadação federal. Entre os pontos citados está a elevação de alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que tem gerado críticas entre setores econômicos e da oposição.

Camilo pode deixar ministério em 2026

Para Eunício Oliveira, mesmo que Camilo não dispute a Presidência, ele deve se afastar do cargo de ministro da Educação no mês de abril de 2026. A saída do cargo o deixaria legalmente apto a concorrer, caso seja convocado pelo partido para disputar a sucessão presidencial.

O nome de Camilo Santana já vem sendo ventilado nos bastidores do PT como uma possibilidade moderada e de perfil técnico, especialmente diante de sua trajetória política como ex-governador do Ceará e seu desempenho à frente da educação nacional. A decisão, no entanto, dependerá da escolha de Lula e da condução política da base governista nos próximos meses.