A Justiça do Ceará condenou, neste fim de semana, dois homens acusados de participação no sequestro e assassinato do policial militar Jaderson Bruno Braga de Oliveira, de 35 anos, encontrado morto em setembro de 2022, no bairro Itaperi, em Fortaleza.
Os réus Eduardo Oliveira Pires e Natanael dos Santos Silva foram julgados pela 4ª Vara do Júri da Capital e receberam penas que, somadas, ultrapassam 70 anos de reclusão. A sentença é considerada uma das mais severas já aplicadas em casos de crimes contra agentes de segurança pública na cidade.
Crime brutal
Jaderson Bruno havia desaparecido no dia 16 de agosto de 2022, sendo visto pela última vez no bairro Parque Dois Irmãos, em Fortaleza. O corpo do policial foi localizado semanas depois, no dia 8 de setembro, enterrado em uma área do bairro Itaperi.
De acordo com a perícia, Jaderson foi amarrado, amordaçado e perfurado no pescoço antes de ser enterrado. Os indícios apontam que ele ainda estava vivo quando foi colocado na cova.
A investigação revelou que o policial foi rendido sob ameaça de faca, teve o cartão bancário roubado e foi forçado a entregar a senha aos criminosos. Em seguida, foi levado até um local próximo a um riacho, onde sofreu o ataque fatal.
Testemunhas relataram que, antes de ser morto, o policial teria implorado pela vida, lembrando aos agressores que era pai de uma criança de apenas nove meses.
Crime premeditado
Durante o julgamento, a acusação destacou que o crime foi premeditado e cometido de forma cruel. Segundo a denúncia, houve tempo suficiente entre o sequestro e a execução para que os acusados desistissem do crime, o que não ocorreu.
As investigações também apontaram o envolvimento de outras quatro pessoas no assassinato do policial. Os demais envolvidos devem ser julgados em processos separados.
Histórico da vítima
Jaderson Bruno era policial militar do Ceará, mas estava afastado de suas funções no momento do crime. Segundo consta no processo, ele possuía antecedentes criminais por crimes como roubo, resistência e desacato.