O Colégio Amadeu Cláudio Damasceno (CACD), instituição privada de ensino com sede em Quixadá, emitiu nota de esclarecimento após a publicação de reportagem do Diário de Quixadá que noticiou a decisão da professora Mireia de Abreu Holanda de acionar a Justiça, após seu filho, o estudante João Miguel Holanda Silveira, de 9 anos, sofrer fraturas na perna dentro de uma sala de aula da escola.
LEIA A REPORTAGEM SOBRE O CASO:
Mãe vai acionar Justiça após filho sofrer fraturas graves na perna em sala de aulas do CACD, em Quixadá
Na nota oficial, divulgada nesta quarta-feira (21), a direção do CACD afirma que o caso foi um “típico acidente”, sem qualquer envolvimento de terceiros, e que a própria vítima teria confirmado, segundo a escola, ter caído sozinha ao entrar na sala de aula. A instituição afirma ainda que o fato não está relacionado a falhas estruturais, conflitos entre alunos ou eventos promovidos pelo colégio.
“O acidente não se deu por atrito entre alunos, por atividade externa promovida pelo colégio ou por eventual obra de infraestrutura que tenha facilitado o infortúnio. O próprio aluno admitiu que caiu sozinho e essa afirmação foi devidamente confirmada por vários outros meios”, diz o comunicado.
A direção também rebate críticas feitas pela mãe do aluno sobre a conduta do colégio no socorro e na assistência prestada após o acidente. Em seu posicionamento, o CACD alega ter prestado suporte pedagógico ao estudante e oferecido apoio psicológico. Além disso, informa que, por liberalidade, teria isentado a família do pagamento das mensalidades durante o período de ausência do aluno por motivo de saúde.
“Nunca agimos com desprezo nem com indiferença. Pelo contrário, prestamos todo o acompanhamento e suporte pedagógico decorrente das atividades necessárias à boa formação do aluno”, aponta o texto, acrescentando que a escola possui “amplas provas dessas verdades que não deveriam ter sido omitidas por quem usa as redes sociais e a mídia em geral para tentar apenas expor e denegrir”.
A nota também sugere que os relatos públicos feitos pela família estariam sendo conduzidos por “sentimentos oportunistas ou orientações equivocadas”, e encerra com um apelo à “verdade e combate à má-fé”, desejando rápida recuperação ao aluno.
A matéria anterior, publicada pelo Diário de Quixadá, relatou que Miguel sofreu fraturas na tíbia e na fíbula e foi submetido a cirurgia com instalação de placa e sete parafusos. Os pais alegam que não houve assistência adequada por parte da escola no momento do acidente e que as explicações sobre as circunstâncias da queda nunca foram apresentadas de forma clara pela instituição. Diante disso, a família informou que pretende buscar reparação judicial.
O Diário de Quixadá mantém o compromisso com a isenção jornalística e reitera que o espaço permanece aberto para manifestações adicionais das partes envolvidas.
Segue a íntegra da nota enviada pelo CACD:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O CACD, instituição de ensino de larga tradição em nossa cidade, vem a público prestar esclarecimentos e restabelecer a verdade sobre versões e fatos que estão sendo recentemente distorcidos. Trata-se de um aluno nosso que, por infortúnio pessoal, sofreu uma súbita queda ao adentrar em sala de aula de nossas dependências. Por questões legais e éticas, não será mencionado o nome do menor. Porém, esse fato, lamentável sob todos os aspectos, e principalmente por imprimir sofrimento a uma criança, constituiu um típico acidente e trouxe inevitável comoção a todos os que fazem esta instituição.
Infelizmente, publicações inverídicas, talvez movidas por sentimentos oportunistas ou orientações equivocadas, procuram manchar a honradez de nosso nome e de nossa trajetória de êxitos. Nunca agimos com desprezo nem com indiferença. Pelo contrário, prestamos todo o acompanhamento e suporte pedagógico decorrente das atividades necessárias à boa formação do aluno. Disponibilizamos nosso serviço psicológico ao menor. Levamos mensagens de apoio de colegas e professores. Por pura liberalidade e ato de solidariedade, ainda passamos a dispensar qualquer obrigação contratual decorrente das mensalidades em curso, considerando a ausência física do aluno em nosso meio durante a recuperação. Temos amplas provas dessas verdades que não deveriam ter sido omitidas por quem usa as redes sociais e a mídia em geral para tentar apenas expor e denegrir.
Por fim, esclarecemos que todas as nossas iniciativas derivam de sentimento humano, moral e educacional. Não decorrem de responsabilidade legal ou dever jurídico, pois o acidente não se deu por atrito entre alunos, por atividade externa promovida pelo colégio ou por eventual obra de infraestrutura que tenha facilitado o infortúnio. O próprio aluno admitiu que caiu sozinho e essa afirmação foi devidamente confirmada por vários outros meios. Nenhum colégio atua como “garantidor universal” e um fato causado por acidente ou infelicidade do aluno não pode ser transformado em um possível meio para se auferir vantagem de qualquer natureza, especialmente pecuniária. Por amor à verdade e combate à má-fé, rogamos a DEUS pela mais rápida recuperação desse excelente aluno.
Atenciosamente,
DIREÇÃO DO CACD.