A segunda e terceira votações do conclave realizado nesta quinta-feira (8), no Vaticano, terminou sem a escolha do novo papa. A tradicional fumaça preta liberada pela chaminé da Capela Sistina confirmou que os cardeais ainda não alcançaram os dois terços dos votos necessários para eleger o sucessor do papa Francisco, falecido no mês passado.
O impasse não é incomum nos primeiros dias de conclave. A eleição papal exige maioria qualificada entre os 133 cardeais eleitores, todos com menos de 80 anos. O número exato de votos necessários varia conforme o total de presentes, mas, em média, são 89 votos para que um nome seja oficialmente proclamado.
Cenário ainda indefinido
Segundo fontes próximas ao processo, não há ainda um favorito claro entre os cardeais. A divisão entre alas mais conservadoras e setores progressistas da Igreja Católica dificulta a formação de consenso. Diversos nomes seguem sendo discutidos em círculos privados, incluindo os cardeais Matteo Zuppi (Itália), Luis Antonio Tagle (Filipinas), Fridolin Ambongo (Congo) e Sergio da Rocha (Brasil), este último citado recentemente pela imprensa internacional entre os possíveis papáveis.
Já foram duas votações pela manhã e prosseguem nesta quinta-feira (9), com a possibilidade de mais duas à tarde. A qualquer momento, a fumaça branca poderá sinalizar que o novo pontífice foi escolhido.
Rito de segredo e expectativa mundial
O conclave ocorre sob absoluto sigilo. Os cardeais estão isolados desde a abertura oficial da assembleia e não têm contato com o mundo exterior até que um novo papa seja eleito. O mundo católico acompanha em suspense cada liberação de fumaça da chaminé da Capela Sistina, símbolo tradicional do avanço ou estagnação no processo de escolha do novo líder da Igreja.
Ainda não há previsão de quanto tempo durará o conclave, que pode se estender por vários dias, a depender da construção de acordos entre os cardeais.