A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (20), um brasileiro considerado uma “ameaça concreta” à segurança nacional. Daniel Andrade, residente em Porto Alegre (RS), foi detido durante a Operação Mujahidin, realizada com o apoio da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele é suspeito de planejar ataques terroristas no país e manter contato com extremistas no exterior.

Radicalização e conexão com grupos terroristas

Nas redes sociais, Daniel utilizava o nome “Daniel Andrade Abdallah” e compartilhava imagens de grupos extremistas, além de exibir bandeiras e símbolos associados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico. De acordo com o relatório da PF enviado à Justiça Federal, ele realizava pesquisas sobre atentados, fabricação de explosivos e o uso de equipamentos táticos para ações violentas.

“Ele estava em uma fase avançada de radicalização, aprendendo com extremistas e se preparando para possíveis atentados, o que exigiu uma ação rápida para prevenir riscos à população”, afirmou um dos investigadores.

Arsenal e material extremista apreendidos

Durante a operação, os agentes encontraram um vasto arsenal na residência de Daniel. Entre os itens apreendidos estavam:

  • Facas, machadinhas, porretes e bastões;
  • Simulacros de armas de fogo, armas de pressão e airsoft;
  • Soqueiras, colete balístico e munições;
  • Gás de pimenta e material incendiário.

Além do armamento, também foram recolhidos livros, vídeos, camisetas e bandeiras com referências diretas a grupos terroristas. As investigações identificaram ainda conteúdos que promoviam o nazismo, a supremacia branca e incitavam o extermínio do povo judeu.

Investigação e possíveis crimes

O inquérito segue sob sigilo na Justiça Federal. Daniel pode responder por crimes como:

  • Terrorismo;
  • Incitação ao ódio;
  • Apologia ao nazismo;
  • Posse de armamento restrito.

A PF segue acompanhando o caso para identificar possíveis conexões com outros indivíduos radicalizados dentro e fora do país. Novas ações podem ser realizadas para desmantelar qualquer rede extremista em atuação no Brasil.