O Tribunal do Júri acatou as teses da denúncia do Ministério Público do Ceará e condenou, nesta semana), o réu João Eudes de Oliveira à pena de 62 anos e 20 dias reclusão, em regime inicialmente fechado, pelo homicídio do próprio filho recém-nascido e pelo estupro continuado da enteada. Os crimes ocorreram no município de Barreira, que faz parte da região do Maciço de Baturité. 

De acordo com a denúncia da 2ª Promotoria de Justiça de Redenção, o réu abusava da enteada desde 2005, quando ela tinha apenas 12 anos. Aos 16 anos, a adolescente engravidou pela segunda vez do réu. Ele realizou o parto da jovem no quintal da casa onde os abusos aconteciam e, após o nascimento, enterrou o recém-nascido vivo, ocasionando a morte do bebê.  

A condenação considerou a continuidade delitiva dos crimes de estupro de vulnerável (menor de 14 anos), de estupro qualificado contra menor de 18 anos e homicídio qualificado (por motivo torpe, com uso de meio cruel, com emprego de meio que impossibilitou a defesa da vítima e crime cometido para assegurar a impunidade de outro crime). Ele já estava preso desde 2023 e seguirá cumprindo a pena.