O Brasil avançou cinco colocações no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta terça-feira (6) pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud). O país passou da 89ª posição, em 2022, para a 84ª em 2023, com um IDH de 0,786, considerado alto, em uma escala que vai de 0,000 a 1,000.
De acordo com o relatório, o avanço no IDH brasileiro foi impulsionado por melhorias em expectativa de vida, nível educacional e Produto Interno Bruto (PIB) per capita. Entre 2010 e 2023, o Brasil teve um crescimento médio anual de 0,38%, enquanto, entre 1990 e 2023, essa média foi de 0,62% ao ano.
Evolução do IDH Brasileiro
O Brasil avançou cinco posições no ranking global em 2023
Posição do Brasil no Ranking Global
O Brasil subiu da 89ª para a 84ª posição no ranking global do IDH.
Valor do IDH Brasileiro
O IDH brasileiro atual é de 0,786, considerado alto na escala que vai de 0 a 1.
Taxa de Crescimento do IDH
Entre 2010 e 2023: crescimento médio anual de 0,38%
Entre 1990 e 2023: crescimento médio anual de 0,62%
Fatores que Impulsionaram o Avanço
Expectativa de Vida
Melhoria nos indicadores de saúde e longevidade da população brasileira
Nível Educacional
Avanços no acesso e qualidade da educação no país
PIB per capita
Crescimento da renda média por habitante
Fonte: Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud), 2023
Impacto da desigualdade social
Apesar do avanço significativo, o IDH ajustado pela desigualdade social apresenta um cenário menos otimista. Neste critério, o Brasil cai para a 105ª colocação mundial com índice de 0,594, classificado na categoria de desenvolvimento médio, destacando os desafios sociais ainda existentes.
Pegada de carbono e diferenças de gênero
O relatório também abordou o IDH ajustado pela pegada de carbono, em que o Brasil obteve um desempenho melhor, ficando na 77ª colocação com índice de 0,702. Já em relação à comparação por gênero, as mulheres brasileiras apresentaram um IDH ligeiramente superior (0,785) ao dos homens (0,783), destacando melhores indicadores de expectativa de vida e escolaridade entre as mulheres, embora elas tenham um PIB per capita inferior.
Cenário global
No contexto global, a Islândia assumiu o topo do ranking mundial de IDH, superando Suíça e Noruega, com um índice de 0,972. Na outra ponta do ranking está o Sudão do Sul, com o menor IDH mundial (0,388), seguido predominantemente por países africanos. O IDH médio global chegou ao patamar recorde de 0,756, embora o relatório destaque uma desaceleração geral no ritmo de avanço, agravado por crises como a pandemia de covid-19.
Foco em Inteligência Artificial
O documento deste ano tem como tema central a inteligência artificial (IA), destacando tanto suas oportunidades quanto os desafios. O administrador do Pnud, Achim Steiner, enfatizou: “Nossa capacidade de explorar no sentido positivo essa nova fronteira, mas também de nos proteger, exige, por definição, cooperação internacional, inclusive por parte de países mais ricos, ajudando os países mais pobres a, antes de tudo, se tornarem parte dessa economia de desenvolvimento emergente do futuro”. Steiner reforçou que a IA deve ser usada como ferramenta para o desenvolvimento humano e não como ameaça.