O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (29) a flexibilização das tarifas de 25% sobre automóveis e autopeças importados, implementadas no início de abril. A medida visa aliviar os impactos negativos sobre as montadoras que dependem de peças estrangeiras e incentivar a produção nacional.​

Confira os pontos principais da questão:

Início de abril de 2025 – Tarifas de 25% são implementadas

Governo Trump impõe tarifas de 25% sobre veículos e autopeças importados, gerando forte reação da indústria automotiva.

Abril de 2025 – Pressão das montadoras

Montadoras como Ford, GM e Stellantis alertam para o aumento dos custos e risco de perda de empregos. Estudos apontam impacto de até US$ 4.911 por veículo importado.

29 de abril de 2025 – Trump recua

Presidente anuncia flexibilização das tarifas, com exclusão do acúmulo com taxas sobre aço e alumínio.

Nova medida – Sistema de créditos tarifários

Montadoras ganham crédito de 3,75% para cada veículo produzido nos EUA (exceto peças da China), válido até abril de 2026. No segundo ano, o crédito cai para 2,5%.

Tarifas sobre a China mantidas

Produtos chineses continuam sujeitos a tarifas elevadas, que podem chegar a 145%. Regras padrão de 2,5% seguem para outros países.

Objetivo declarado

Medida busca proteger a indústria nacional sem prejudicar a competitividade e o consumo interno.

Com as mudanças, as tarifas sobre aço e alumínio não serão mais cumulativas com as tarifas sobre veículos e autopeças. Além disso, foi criado um sistema de créditos para montadoras que produzirem veículos nos EUA: para cada carro montado no país entre abril de 2025 e abril de 2026, será concedido um crédito de 3,75% sobre o valor de peças importadas, excluindo componentes provenientes da China. Esse crédito será reduzido para 2,5% no segundo ano e eliminado posteriormente. ​

O presidente dos EUA, Donald Trump, embarca no Air Force One – Jim Watson/AFP

A decisão de Trump ocorre após intensa pressão de montadoras como Ford, GM e Stellantis, que alertaram para o aumento dos custos de produção e possíveis impactos negativos sobre empregos e vendas. Estudos indicam que as tarifas poderiam adicionar até US$ 4.911 ao custo de cada veículo importado. ​

Apesar da flexibilização, as tarifas sobre produtos chineses permanecem em vigor, com alíquotas de até 145%. A medida também não altera as tarifas padrão de 2,5% aplicadas a outros países. ​

A iniciativa é vista como uma tentativa de equilibrar a proteção à indústria nacional com a necessidade de manter a competitividade das montadoras e evitar impactos negativos sobre os consumidores.​