Uma nova esperança pode estar surgindo no combate ao Alzheimer, doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas no mundo todo, inclusive no Brasil. Pesquisadores da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, anunciaram o desenvolvimento de uma vacina experimental chamada AV-1980R/A, que promete impedir a progressão da doença em seus estágios iniciais.
O imunizante já foi testado com sucesso em camundongos e primatas não humanos, com resultados promissores. Segundo estudos publicados no AlzForum e no PubMed Central, a vacina estimula o sistema imunológico a atacar e remover depósitos da proteína tau — associada diretamente à perda de memória e à degeneração cerebral em pacientes com Alzheimer.
📚 Fonte: AlzForum – AV-1980R/A
📚 Fonte: PubMed Central – Estudo com primatas
Por que isso importa?
O Alzheimer ainda não tem cura, e os tratamentos atuais atuam apenas no controle dos sintomas. Uma vacina capaz de prevenir ou retardar o avanço da doença representaria um avanço histórico. Estima-se que mais de 1,7 milhão de brasileiros vivem com Alzheimer — número que deve dobrar nas próximas décadas com o envelhecimento da população.
Como funciona a vacina AV-1980R/A?
A vacina ensina o organismo a reconhecer e combater formas anormais da proteína tau, que se acumulam no cérebro dos pacientes. Com isso, o sistema imunológico poderia reduzir ou bloquear a progressão da doença em estágios iniciais.
A tecnologia da vacina se baseia na plataforma MultiTEP, desenvolvida para criar respostas imunológicas específicas contra doenças neurodegenerativas.
📚 Fonte: European Pharmaceutical Review – Produção da vacina
E os próximos passos?
A próxima etapa será o início de ensaios clínicos em humanos, para avaliar segurança e eficácia em larga escala. Se os resultados forem positivos, o processo de aprovação regulatória pode ser iniciado nos próximos anos.
Enquanto isso, a descoberta reacende a esperança de um futuro com mais qualidade de vida para pessoas com Alzheimer e suas famílias.