Um acidente trágico ocorrido na madrugada desta terça-feira (8), na rodovia MG-223, em Araguari, no Triângulo Mineiro, resultou em 11 mortes, incluindo duas crianças, e deixou dezenas de feridos. Entre os sobreviventes está uma gestante de oito meses que entrou em trabalho de parto logo após o acidente e teve o braço amputado em razão da gravidade dos ferimentos.
A mulher foi socorrida e levada ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), onde passou por cirurgia. A bebê nasceu com 1,4 kg, encontra-se em estado estável, mas está internada na UTI Neonatal, sob respiração assistida. Os nomes da mãe e da criança não foram divulgados a pedido da família.
Ônibus seguia para São Paulo
O veículo envolvido no acidente pertence à empresa Real Expresso e havia partido de Anápolis (GO) por volta das 20h30 da segunda-feira (7), com destino a São Paulo (SP). Havia 53 passageiros e um motorista a bordo.
Segundo informações da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o motorista perdeu o controle da direção, fazendo com que o ônibus capotasse. O veículo tombou e ficou parcialmente destruído. Algumas vítimas foram arremessadas para fora, enquanto outras ficaram presas às ferragens.
O motorista não se feriu e permaneceu no local, prestando assistência às vítimas. Por isso, não foi preso. Ele foi ouvido pela Polícia Civil, que abriu inquérito para apurar as causas do acidente.
Resgate e atendimento
Os feridos foram encaminhados a diferentes unidades de saúde da região, incluindo o HC-UFU, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araguari e outros hospitais do Triângulo Mineiro. Ao menos 18 passageiros com ferimentos leves recusaram atendimento médico.
A empresa Real Expresso, responsável pelo ônibus, divulgou nota lamentando profundamente o ocorrido. Segundo a empresa, equipes especializadas foram mobilizadas para prestar apoio aos sobreviventes e familiares das vítimas.
Ônibus estava regularizado
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) confirmou que o ônibus estava com documentação e cadastro em dia para operar em rotas interestaduais. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) seguirá com as investigações para esclarecer se houve falha mecânica, humana ou outro fator que tenha contribuído para a tragédia.