Daniel da Silva, torcedor quixadaense de 40 anos, viveu dias de angústia após ser preso injustamente devido a um erro no sistema digital de identificação da Secretaria de Segurança Pública do Ceará (SSPDS-CE). O equívoco ocorreu porque o verdadeiro alvo da polícia era outro Daniel da Silva, de 36 anos, que possui mandado de prisão em aberto.

O problema se agravou porque, além dos nomes idênticos, as mães de ambos os homens também compartilham o mesmo nome. A única diferença entre os dois era o número do RG e do CPF, mas isso não foi suficiente para impedir a prisão equivocada do torcedor.

Daniel ficou quase uma semana detido, inclusive utilizando tornozeleira eletrônica, até que a Defensoria Pública do Ceará conseguiu comprovar sua inocência e garantir sua liberação. Segundo ele, o episódio foi traumático e causou grande constrangimento.

SSPDS-CE reconhece erro e promete ajustes

A Secretaria de Segurança Pública do Ceará lamentou o ocorrido e afirmou que o torcedor foi solto assim que a verificação foi concluída. Em nota, a pasta ressaltou que as abordagens seguem protocolos de segurança, especialmente em eventos de grande porte, mas garantiu que medidas serão adotadas para evitar que situações semelhantes se repitam.

Casos de prisão por homonímia (quando pessoas com o mesmo nome são confundidas) não são incomuns no Brasil. Especialistas alertam para a necessidade de aprimoramento nos sistemas de identificação digital, garantindo que elementos únicos, como impressões digitais e reconhecimento facial, sejam priorizados para evitar injustiças.