O município de Quixadá registrou o primeiro caso confirmado da febre do Oropouche, doença viral transmitida por insetos. A informação foi divulgada pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) em boletim epidemiológico atualizado no início desta semana. Com isso, a cidade entra no radar estadual da doença que, até o momento, já soma 310 casos em 2025.

Este também é o primeiro registro da doença no Sertão Central, região composta por 18 municípios. Até então, os casos estavam concentrados em cidades da região do Maciço de Baturité, epicentro inicial da circulação do vírus no Ceará.

De acordo com a Sesa, o caso registrado em Quixadá é classificado como importado, ou seja, a infecção aconteceu fora do município, embora o paciente resida na cidade.

O que é a febre do Oropouche?

A febre do Oropouche é causada por um vírus que não é novo, mas vem ganhando força em regiões urbanas do Nordeste nos últimos anos. A transmissão ocorre por meio do maruim — um mosquito pequeno e bastante comum — e também por pernilongos do tipo Culex, já conhecidos da população.

Principais sintomas

A doença costuma se manifestar de forma parecida com outras arboviroses (como dengue e chikungunya), com sintomas como:

  • Febre repentina
  • Dor de cabeça intensa
  • Dores musculares e articulares
  • Náuseas e diarreia

Embora a maioria dos quadros seja leve, há registros de reincidência de sintomas mesmo após a melhora inicial.

Diagnóstico e cuidados

O exame mais recomendado para confirmar a doença é o RT-PCR, especialmente se for feito nos primeiros cinco dias de sintomas. A recomendação da Sesa é que, diante de qualquer sintoma suspeito, o paciente procure uma unidade de saúde imediatamente.

Prevenção continua sendo o melhor remédio

A chegada do vírus ao Sertão Central reforça a importância de manter os cuidados preventivos contra a proliferação de insetos, principalmente em áreas com vegetação ou acúmulo de água parada. A Sesa orienta a população a:

  • Evitar qualquer recipiente que acumule água
  • Manter calhas e quintais limpos
  • Usar telas e repelente, especialmente no final da tarde e à noite

Com a confirmação do caso em Quixadá, o sinal de alerta está aceso. A equipe de vigilância epidemiológica local deve intensificar ações nos bairros, principalmente aqueles já vulneráveis a surtos de dengue, zika e chikungunya.