
O tombamento é o ato de reconhecimento do valor de um bem, transformando-o em patrimônio oficial público e instituindo um regime jurídico especial de propriedade, levando em conta sua função social. Todos os objetos adquiridos pelo poder público e que se destinam à execução de tarefas em prol da cidadania devem obrigatoriamente ser tombados. Deve ser possível identificar onde cada bem público se encontra, quando foi adquirido e se está em bom estado de conservação.

A gestão do ex-prefeito João Hudson em Quixadá tentou tombar o patrimônio do município. Os bens foram catalogados e placas de metal foram encomendadas para serem afixadas em cada item de propriedade da prefeitura. Mas o desfecho do trabalho, evidentemente amador, foi desastroso.
A atual gestão encontrou uma caixa com diversas placas descrevendo bens tombados. Boa parte dos bens descritos nelas, porém, não foram encontrados. Onde foram parar? Ninguém sabe. Mas a atual administração garante que a justiça será acionada para cobrar os responsáveis pelo sumiço do patrimônio do município.
Curiosamente, uma plaquinha numerada (27715) destinada a uma burra foi encontrada no amontoado de coisas que estavam soltas no prédio que acomoda o arquivo municipal. A placa de tombamento identificava como patrimônio do município de Quixadá a “burra do Custódio”. A gestão do prefeito Ilário Marques não encontrou o animal. Como no caso de boa parte do patrimônio da prefeitura, até a “burra do Custódio” sumiu.

“É a primeira vez que vejo esse tipo de tombamento. Eles tentaram tombar uma burra? Para que finalidade a prefeitura teria uma burra? Até ficamos sabendo que o animal realmente existe, mas não achamos a burrinha”, disse um técnico da prefeitura ao Diário de Quixadá.